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Crises de birra: o que é ou não esperado no desenvolvimento saudável?

  • deboratorrespsiqui
  • 9 de nov.
  • 2 min de leitura
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As birras fazem parte do desenvolvimento infantil e, embora sejam desafiadoras para os pais, nem sempre são motivo de preocupação. Entender por que elas acontecem e quando merecem uma avaliação profissional pode ajudar a lidar com esses momentos com mais calma e segurança.


Por que as birras acontecem?


Entre 1 e 4 anos, a criança está aprendendo a lidar com frustrações, a expressar desejos e a entender limites. Ainda sem maturidade emocional e linguagem totalmente desenvolvida, ela usa o que tem: choro, grito e movimentos corporais para se comunicar.

Ou seja, a birra é uma forma de comunicação e uma etapa do amadurecimento emocional.


O que é esperado nas birras comuns:


  • Acontecer diante de frustrações ou negações (como quando o adulto diz “não” ou tira algo desejado).

  • Serem intensas, jogar-se no chão, gritar, ameaçar agressão, porém passageiras, durando alguns minutos.

  • Melhorar quando o adulto mantém a calma e ajuda a criança a se regular.

  • Diminuir de frequência conforme a criança cresce e desenvolve linguagem e autocontrole.


Essas crises fazem parte do aprendizado emocional — é assim que a criança começa a entender regras, limites e reconhecer e lidar com sentimentos como raiva e tristeza.


Como os pais podem ajudar:


  • Mantenha a calma: a criança precisa de um adulto tranquilo para se regular emocionalmente.

  • Evite ceder: dizer “sim” para evitar birras ensina que gritar é uma forma eficaz de conseguir o que quer.

  • Nomeie as emoções: “Eu sei que você ficou bravo porque queria brincar mais” ajuda a criança a reconhecer o que sente.

  • Reforce o positivo: elogie quando ela consegue se acalmar ou respeitar limites.

  • Crie rotinas previsíveis: segurança e previsibilidade reduzem frustrações.


Quando a birra pode sinalizar transtornos?


Alguns sinais indicam que o comportamento vai além do esperado e merece atenção profissional:


  • Birras muito intensas ou frequentes, mesmo após os 4 ou 5 anos;

  • Dificuldade persistente de se acalmar, mesmo com ajuda dos adultos;

  • Crises acompanhadas de agressividade intensa, autoagressão ou destruição de objetos;

  • Reações desproporcionais a pequenas frustrações;

  • Outros sinais associados, como atrasos de fala, dificuldade de interação social ou problemas de sono e alimentação.


Esses comportamentos podem estar ligados a ambientes muito estressantes para a criança, transtorno de adaptação (como entrada na escola, chegada de um irmão), transtornos do desenvolvimento e/ou humor. Nesses casos, a avaliação de um psiquiatra infantil pode ajudar a entender o que está acontecendo e orientar a melhor forma de apoio.

 
 
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© 2023 por Felipe Valory

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